23/11/2011

A crise (V)

Quando vi o vídeo Suite 605, apresentação do livro do mesmo nome de João Pedro Martins, percebi qual a real dimensão da burla (legal) que graça por aí, para mim considero um abuso estar a castigar a maioria esmagadora da população com impostos e cortes no seu orçamento familiar e nas empresas e permitir que grandes grupos multinacionais e milionários em nome individual, mantenham contas em paraísos fiscais sem pagar um cêntimo de imposto, segundo o que se ouve e lê. Tenho para mim, que esta senha que se abateu sobre a Europa, toda ela e que aparentemente não tem uma solução à vista, seja por inoperância dos governos europeus, seja pela teimosia da senhora Merkel, em aceder a propostas, que eventualmente poderiam não curar o mal, mas aliviavam, seja pela sensibilidade dos “mercados”, não tem só a ver com as dividas soberanas dos países e as taxas de juro, tem a ver com (aproveitando a situação actual de fragilidade das democracias) um ajuste de contas, com o que nasceu no pós II guerra, basicamente com as conquistas sociais da generalidade dos povos europeus e a melhoria do seu nível de vida, para certos sectores mais radicais e poderosos trata-se de reajustar a politica e a sociedade como era antigamente, ou seja no principio do século XX.
Com a suspensão da democracia que já se verifica em alguns países, temo que poderão vir aí tempos escuros sobre a Europa, oxalá me engane.

1 comentário:

Álvaro Marques disse...

Quer acreditemos ou não a europa "assim" não tem hipótese alguma, em parte por causa da teimosia dos alemães "D.Merkel".
Estes esqueceram-se da dívida que lhes foi perdoada no pós guerra em que estavam de tanga.
Depois os políticos (feitos na escola) não têm competência e claro
com tanta incompetência deu nisto.
Por cá então foi de mais, há um Sr.no ativo que ajudou a acabar com tudo aquilo que era o nosso suporte, agricultura, pescas e indústria, mas arranjou-nos o "CALDINHO" das auto-estradas, scuts e o CCB (alguém já lhe chamou mamarracho).
Um ex: de 2o mil postos trabalho na ind. naval neste momento nem 2 mil existem no país (vamos ver como ficará V.Castelo).
Um abraço