04/08/2014

A Crise (IV) - “Novo Banco”

Primeiro disseram-nos que éramos gastadores, que era um povo que não trabalhava e só gastava, então vieram os PEC’s, depois os mesmos que queriam entrar para o governo prometeram-nos que se para lá fossem em 2011, não haveria cortes nos ordenados nem nas pensões, só um pequeno corte nas “gorduras do Estado”, que aliás já estavam identificadas. Depois veio o BPN, o BPP e veio também a TROIKA, então, as “gorduras do Estado” transformaram-se em um enorme ataque à vida das pessoas, dos trabalhadores, reformados, dos funcionários públicos, direitos da saúde, educação, etc.
A vida continuou muito difícil, três longos anos de cortes e uns senhores lá apareciam na televisão com o seu ar grave, alguns com os óculos na ponta do nariz, a ensinar-nos que teríamos de poupar mais e aguentar… aguentar também, há e que o ordenado mínimo era muito alto, não, 485 euros é muito.
Depois venderam quase tudo ao estrangeiro e não ficou quase nada. Entretanto Gaspar foi para o FMI, portou-se bem, Arnaut foi para a Goldman Sachs, também esteve bem e agora Moedas vai para Comissário Europeu, também por bom comportamento.
Entretanto ainda não deixaram de nos dizer que os reformados ganham demais bem como os funcionários públicos e de caminho, pressiona-se o Tribunal Constitucional.
Agora, bem agora é que são elas, os ricos proprietários e Donos Disto Tudo fizeram no BES uma espécie de BPN mas mais forte e novamente são precisos imediatamente 5 Biliões de euros para salvar uma parte, dizem eles que é um banco bom e excluem a outra parte dizem eles que é um banco mau.
O povo olha atónito para isto e não tem confiança absolutamente nenhuma no que lhe estão a “vender”.
Pergunta-se:
Será que vão continuar a dizer amanhã que os reformados e os funcionários públicos ganham demais? Que o SNS vai ser mais cortado para acudir a isto? Que o ordenado mínimo é ainda muito alto?

Quanto é que nos vai custar a parte má? Já alguém fez as contas? Então é melhor começar a fazer porque pode vir aí uma grande tempestade.

Sem comentários: