Afinal, pela voz da Srª Ministra da Saúde finalmente fez-se luz sobre a solução do imbróglio hospitalar CHON, Alcobaça, Peniche, Caldas da Rainha.
Segundo noticias decorrentes de reunião havida entre a Srª Ministra da Saúde e os Presidentes de Câmara dos Concelhos do Oeste, entre os quais os três indicados acima, ficou dito e assinado que Alcobaça vai ter o seu hospital novo de 60 camas com as valências básicas (pudera, conseguiram), Caldas da Rainha vai ter a sua pretensão realizada, novo Hospital adjacente ao actual e remodelação do antigo com outras condições, consagrando-o como a referencia hospitalar da região e finalmente Peniche, esta linda terra à beira mar plantada (enfiada mar a dentro), vai ver o seu hospital (o mais novo da região com 23 anos) transformado em uma grande enfermaria de Cuidados Continuados, mas alegrem-se, a Urgência Básica vai manter-se.
Acabam "todos" por conseguir o que queriam, excepto Peniche, que perderá o "seu" hospital deixando no entanto como prémio de consolação a Urgência Básica, não se sabe muito bem se por respeito "ao importante porto de pesca", se por ser uma terra de turismo, praias, surf, Berlengas, não vá algum familiar de alguém importante, ainda ser confrontado com a falta de assistência numa estadia na Berlenga ou nas praias da região.
Feitas as contas, cada um que tire as suas conclusões e digam lá se isto é ou não uma questão de poder. Afinal a grande manifestação no Largo da Câmara Municipal realizada em 03/03/2007 sempre serviu para manter a Urgência Básica, mas quanto a mim fraco pecúlio para tamanha perda.
Nem as Unidades de Saúde Familiares, apresentadas como "contrapartida" para a perda hospitalar, foram em frente.
Uma boa saúde para todos.
3 comentários:
Também pouco ficámos a ganhar, é que a qualidade da nossa urgência deixa muito a desejar. A minha última peripécia naquela urgência foi terem-me mandado para as Caldas com um braço partido que não estava partido e com um cd vazio onde devia estar o RX. Enfim, ao menos tinham livro de reclamações, e a minha ficou lá. De pouco serviu a avaliar pela resposta que recebi, mas ao menos ficou lá registado a incompetência com que fui tratado naquele dia.
Com os cuidados continuados ou paliativos, o hospital de Peniche passa a ser uma espécie de sítio para morrer e não um local de cura.
Não sei qual é a terra que tem interesse em perder as valências do seu hospital.
Se as coisas não funcionam bem, a obrigação das pessoas é reclamar e exigir que se alter essa situação e não pensar que ir para as Caldas é melhor.
os hospitais grandes são locais de armazenamento de doentes. A relação dos profissionais com os doentes não é comparável.
Na verdade esta coisa da saúde anda de mal a pior.
No entanto, quem pensa que o Hospital de Peniche atende mal e o das Caldas de Lisboa ou outro qualquer atende bem, está redondamente enganado. Senão vejamos:Um familiar meu, há uns anos, por ter feito uma fractura exposta numa perna, e depois de dar entrada na urgência de Peniche foi transferido para Caldas da Rainha. Em Caldas a solução encontrada, por um médico ortopedista, era a amputação da perna.Felizmente que me opus e depois de transferência para o São José (Lisboa), a situação foi ultrapassada, com muitos tormentos pelo meio, mas com recuperação a 100%.
No ano passado de todas as vezes que acompanhei familiares e amigos ao Hospital de Caldas da Rainha o tempo de espera na urgência chegou às 12 e 14 horas.
Dizer que o hospital de Peniche não presta e o de Caldas é que é bom é um erro profundo. O mal é aceitar-se tudo e não reclamar quando se deve.
Agora posso dizer, tal como o Zé Miguel, eu reclamei!
Os hospitais funcionam mal porque convém aos governantes, descredibilizar o que é público e enaltecer, valorizar, o que é privado, mas com os investimentos do Estado e com o dinheiro dos contribuintes. Essa é que é essa.
É a minha opinião.
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