Vi o filme pela primeira vez esta semana, de 2022, espanhol, tudo se passa em Madrid durante 24 horas, com realização de Juan Diego Botto e três personagens principais, Azucena interpretada por Penelope Cruz, que enfrenta o despejo da sua casa pela Policia de Choque a mando do banco enquanto sobrevive com um ordenado miserável de um pequeno supermercado, tudo para defender o seu pequeno filho de vir para a rua onde não terão casa, Rafa, um advogado activista que tudo faz para proteger as pessoas em perigo de despejo e outros casos sociais, como ter passado praticamente um dia a procurar uma imigrante com dois trabalhos, ao levar uma botija de gás pago do seu bolso para a casa dela (que não estava) vê a Policia levar a criança e não descansa enquanto não descobre o segundo trabalho da imigrante para lhe dizer que tem de ir com ele imediatamente à Policia senão institucionalizam-lhe o filho e depois disto ao não ter assistido a um exame médico com a sua mulher, vê a sua própria vida descambar tendo sido posto na rua e Teodora uma idosa que vive na ânsia do contacto com o filho, que não lhe atende o telefone por vergonha pois empregou todas as economias da mãe num trabalho que devido à crise não resultou e acabou na miséria, quando finalmente o filho resolve ouvir as mensagens da mãe já era demasiado tarde, dramaticamente Teodora tentava despedir-se do filho. Um filme actual com as desigualdades e frieza com que se tratam os seres mais desprotegidos, a mando dos que tudo têm e tudo podem, neste filme curiosamente são abrangidos todos os fenómenos que grassam na sociedade, falta de casas, rendas ou empréstimos demasiado elevados, precariedade de empregos (ter de ter dois trabalhos para pagar a renda e por comida na mesa)crise motivada pelas dividas soberanas deixando muitos na miséria e a ir ao banco Alimentar, caso de Azucena.
Filme que vale a pena ver, tem muito a ver com o que se tem passado nos últimos anos.