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18/08/2020

O Motim de Peniche de 1935 ou "A guerra das Espoletas"

 

O Poema que se segue, da autoria de Helena Marcão, nossa conterrânea a viver por outras paragens mas sempre com o coração por cá, relata um acontecimento histórico e heróico levado a cabo pela população de Peniche, em Novembro de 1935. Para que não caia no esquecimento.

"Definhando de fome e de tristeza,
juntam-se os homens na Ribeira
abrigados pela Fortaleza,
falando das saudades da traineira.

Tristes e inconformados
com o regime político de então
e com a força vil da repressão
a que todos são subjugados.
Suspensa a pesca
durante todo o ano
por um Governo cruel
e desumano
era a Pena, a que estavam condenados.

Sessenta Mestres,
de respeito e confiança
foram encarcerados sem fiança
nas negras prisões da repressão.
Choram famílias dos detidos
e toda a População,
sentindo-se castigados
mas não vencidos.
Cresce neles a força das marés
que em tempestades
suportam nos convés
e unindo forças tomam uma decisão.
Invadem de assalto
os carros dos prisioneiros,
seus Mestres, seus timoneiros
que para as Caldas eram transferidos,
desterrados, esquecidos.
Tocam a rebate
os sinos das Igrejas.
Acorre o Povo
armado de coragem
decidido a impedir essa viagem.
O portão da Vila é barrado
por um barco
ainda inacabado
arrancado do estaleiro de seguida.
Trazem-se traves, escadotes,
serras, tábuas e barrotes
e abarrota-se a estrada da saída.
Derrubam-se postes
e fios de comunicação
para impedir reforços de repressão
mas os guardas e as armas
não perdoam a reação.
São disparados tiros mortais
sobre um povo unido
e não rendido
à força esmagadora dos lacaios
do regime repressor fascista.
Morre Francisco,
um pescador destemido,
outros dois caiem feridos,
grita o Povo, que não se desista.
A Resistência cresce ainda mais,
vêm soldados e outras forças fatais
e a Vila fica por eles sitiada,
alentada a população não desiste,
enfrenta qualquer força e resiste
até ver a liberdade retomada.
Incapaz de enfrentar tal afronta
o poder repressivo dá-se conta
de que as armas não vencem a coragem
e soltando os Mestres e outros detidos
remetem-nos aos populares destemidos,
invertendo o sentido da viagem.
Ufano, o Povo resistente
aproveitando a força alcançada
exige que seja levantada
uma firme e protetora barreira
no seu Porto, dentro da Ribeira
que o proteja do mar quando é agreste
e desta feita é erguido
um Molhe firme e comprido
do lado poente, Oeste.
Fica marcado este dia memorável
com a conquista do trabalho e seu direito
e melhorias no campo laboral.
Depois disto, é triste, é lamentável
que esta luta, de um povo formidável
não possua um registo Monumental.

Helena Marcão

 P.S. À pressa fiz uma pequena ilustração que espero não destoe com o poema e o facto histórico em si.


17/02/2017

Almada Negreiros - Uma maneira de ser moderno

Foi a vez de visitar a exposição patente na Fundação Gulbenkian com a obra de Almada Negreiros, um dos expoentes máximos da pintura portuguesa, excelente.
Algumas imagens.






























16/02/2017

Sem Título

Acrílico, colagens e diversos materiais sobre tela
Tela 100x60

21/02/2014

Uma casa no Alentejo

IMG_82821

Pintura à espátula sobre madeira.

Uma casa no Alentejo – 2014

38x14

18/07/2011

Do dia para a noite




 






Nome: Do dia para a noite - Pôr do Sol na Zona do Abalo
Óleo s/tela 40x30

2011

05/10/2010

A "República" em abstracto

Uma simbologia abstracta nos 100 anos da República.

Acrílico sobre tela
50x40
2010