O êxodo para o Egipto

Poderia escrever hoje acerca de tanta coisa, como por exemplo do acordo autárquico congeminado pelos dois partidos maiores, mas não, ou então acerca da queda das bolsas mundiais, ou do aumento do preço do leite, ou das reformas milionárias das pessoas que deixaram a administração do BCP, mas não, hoje vou só escrever umas pequenas linhas duma coisa que quando vejo acho que deve envergonhar a humanidade. Há poucos dias mais de 300.000 Palestinianos, cansados do muro que os prende em cerca de 50 Km2, numa população de cerca de 1.500.000, cansados dos controles para andar 100 metros, do boicote decretado pelo exército Israelita, presos no seu próprio país (se é que se pode chamar assim), sem pão nem leite nem electricidade, derrubaram uma parte desse muro na fronteira com o Egipto e lá foram num autentico êxodo, á procura de alimentos, será por poucos dias, logo logo serão novamente recambiados para dentro das muralhas, mas acho que se deve meditar nisto, o que é que TODOS estão a fazer?

Nem de propósito comemora-se amanhã o aniversário (em Lisboa com a presença do embaixador Israelita e do Presidente da Republica) da memória do Holocausto, para que não se esqueça o morticínio de judeus nos campos de concentração nazi.

Não comparando o incomparável era bom também que todos, inclusive os Israelitas se lembrassem do que está a acontecer na Palestina.