17/09/2008

Desabafos

Vivemos um tempo difícil, de precariedades, de estagnação, de vazio de ideias

Por aqui o petróleo aumenta e a gasolina e o gasóleo sistematicamente também sobem, ao dia, mas agora o mesmo petróleo nas mesmas praças está a baixar de preço , e mistério dos mistérios, os combustíveis não só não descem, como ainda sobem, justificando-se com qualquer coisa relacionada com o valor do euro face ao dólar, enfim, engula quem quiser

O governo através do ministro da economia "pede" às petrolíferas que baixem o preço dos mesmos, mas as ditas fazem ouvidos de mercador

Grandes gigantes financeiros americanos e globais como o Lehman Brothers abrem falência, a seguradora AIG é salva mas não é garantido que seja por muito tempo

Ninguém sabe quando a situação vai estabilizar

A primeira consequência directa destas falências são o aumento do preço do dinheiro e mais uma vez os juros vão subir, e os empréstimos mais uma vez vão encarecer, numa espiral insuportável, e indecorosa, sem contemplações, os "nossos" irão aumentar tudo, é a vida dirão, nada há a fazer.

Faltam-me ideias para escrever o que quer que seja

As televisões apresentam-nos cada vez mais programas da treta, de uma imbecilidade atroz

Toda a gente se põe em bicos de pés para ser apanhado na TV

Até aqueles por quem havia a esperar algum recato neste tipo de exibição comunicante, são todos iguais, sem tirar nem pôr

Fecham-se fábricas a norte, quase todas as semanas, casais a ir para o desemprego, e vendem-nos diariamente montes de sucesso com inaugurações de projectos no papel, alguns dos quais fogem para o estrangeiro pouco tempo depois do anuncio com trompetes da hipótese de implementação duma fábrica de aviões em Évora

Vêem-se miúdos num supermercado a serem entrevistados acerca do material escolar que estão a comprar com os pais e surpresa, todos querem material de marca porque senão, não têm coragem para aparecer na escola com cadernos de "linha branca"

Enfim vamos a ver se isto vai melhorar

1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Mais do que um desabafo, é um grito de revolta, contra a vida de miséria, para a qual o país caminha, inevitavelmente.
Um abraço