Se eu soubesse de política

Se eu soubesse de política diria que esta disputa de comunicados sobre o ex-Hospital de Peniche não faz sentido, porque o mesmo já não existe (portaria 83/2009 de 22 de Janeiro).

Que as pessoas intervenientes nesta “guerra de comunicados” sabiam do que se iria passar desde 2007.

Se eu soubesse de política diria que os restos deste Hospital servirão como arma de arremesso entre uns e outros até às próximas eleições (não estiveram TODOS no estrado frente à Câmara Municipal na manifestação da população de Peniche?).

Diria ainda que algumas pessoas avisaram atempadamente do que se iria passar, entre os quais este simples meio de comunicação.

Que não fica bem aqueles que foram os primeiros a clamar pelo auxilio do Estado no inicio da crise internacional no apoio à Banca e aos Seguros, virem agora propor no seu programa de governo a diminuição (novamente a mesma lengalenga) desse mesmo Estado.

Se eu soubesse alguma coisa disto diria que os partidos têm uma pequeníssima margem de manobra para não dizer nenhuma e que tudo se passa no aspecto da embalagem e não no seu conteúdo, já que tudo praticamente está decidido pelo directório de Bruxelas.

Diria ainda que os jovens infelizmente não podem esperar muito de tudo isto, mas que também não é fácil dar a volta a esta situação de desemprego, nem é tempo para dar crédito a demagogias baratas.

Se eu percebesse de política diria que a construção do TGV que foi agendada pelo governo PSD irá para a frente mesmo que mude de timoneiro o país, ou seja todo este barulho à volta deste assunto não passa disso mesmo, “ruído”.

Mas como não percebo nada disto é melhor assim e não dizer nada.