Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar
José Carlos Ary dos Santos
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1 comentário:
Um poema lindíssimo, que tanto nos diz. É como o teu outro post, mais recente que este e que não permite comentários: por vezes, diz-se TUDO com tão pouco.
Muitos beijinhos e muita coragem, querido pai, da filha Andreia
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