No último ano tive problemas de saúde que me levaram a três Hospitais,
além do Centro de Saúde local, foram, eles o de Peniche, Caldas da Rainha e
Santa Maria, em todos tive um atendimento humano e profissional, digo isto como
introdutório para a algazarra que para aí vai contra o SNS, falta de meios,
greves, más condições, etc, etc.
Um serviço com esta dimensão exige meios do Estado (de todos
nós) muito difíceis, em equipamentos, em meios humanos, em infraestruturas, em logística,
etc.
De modo que há que haver algum cuidado/bom senso, quando se
critica este serviço de capital importância para a população em geral e os mais
necessitados em particular.
Na parte que me diz respeito, depois de ser assistido na
urgência em Peniche e Santa-Maria onde fui tratado humanamente (tive essa sorte?),
mas tive de compreender que o médico que me ia ver estava a operar e só muitas
horas depois de ter dado entrada pude ser observado, em tudo, todos os exames a
fazer foram feitos e tive sempre uma palavra amiga, porque se admiravam que eu
nunca me queixava de nada (questão de feitio), nesse Hospital não me faltou
nada no seguimento, depois fui para as Caldas para o CHO, aí encontrei três
médicos não referirei nomes para não criar susceptibilidades, que foram de um
profissionalismo e uma dedicação que não tenho palavras, para além do pessoal
de enfermagem e até do pessoal de atendimento que merece ser bem tratado para
que nós recebamos o mesmo tratamento.
Agora o meu processo vai novamente ser transferido para o Hospital
de Santa Maria, onde serei de novo bem tratado, a um nível bem mais confuso,
pudera, mas depressa me habituarei e estabelecer-se-á uma relação profissional e
humana boa, não tenho dúvidas disso.
Os médicos não são adivinhos, são homens e mulheres com uma
grande qualificação profissional e de formação, mas precisam de meios de
diagnóstico, e sabemos que todos os exames são muito caros, aqui entra uma das
dificuldades do SNS, no entanto há uma coisa que eu sei, podem ter os hospitais
mais bem apetrechados e as melhores máquinas, se as PESSOAS não forem
valorizadas, de pouco serve, o que eu quero dizer para terminar que já vai
longo, é que são as PESSOAS que fazem o SNS e não adianta estar contra elas
porque pedem outras condições de trabalho ou monetárias, são elas o motor a
alma e o coração do SNS.
18/08/2018
FGV
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