Como é
sabido vai ser executado o prolongamento do molhe interior do porto de Peniche,
no fundo é um prolongamento de uma plataforma de protecção à marina já
existente.
O projecto prevê o prolongamento dessa plataforma num
esporão de mais 140 metros que termina com um Farolim autoalimentado por
bateria solar e ao longo de cerca de 78 metros desde o ponto actual, com
mobiliário urbano e iluminação. Como se verifica na figura 1 vê-se projecto
oficial da obra, na figura 2 a implementação aproximada do dito prolongamento
com as devidas distancias relativas no porto. Logo se verifica que o
assoreamento já habitual principalmente no canto sul com o molhe oeste, terá
tendência a aumentar possivelmente ao longo do esporão e obrigando a mais
regulares desassoreamentos, mas na minha opinião o maior problema será o
afunilamento do transito marítimo em arco, com um canal bem mais reduzido e
sinuoso o que:
- Retira (reduz) a
hipótese de navios de grande calado que pretendam no futuro atracar em Peniche
para descarga, reparação ou carga de
estruturas como em tempos esteve previsto.
Como vantagem da
obra, aumenta (para mim o que levou a esta obra) a capacidade da Marina para
barcos de recreio de vários calados, já que para embarcações de pesca os
esporões existentes são suficientes para além dos cais de acostagem da zona das
traineiras de cerco.
Dito isto, lembro o excelente património que constitui o
espelho de água no portinho do meio, Figuras 3 e 4, que com a Eclusa a
funcionar bem permitiria o atracamento de dezenas de embarcações turísticas de
pequeno calado em cais flutuantes, dando vida àquele espaço tornando-o numa
sala de visitas, assim como também toda a zona do cais das gaivotas, aliás já
previsto na 2ª Fase de Requalificação do Fosso das Muralhas e Adjacentes,
conforme indica a Figura 5.
Figuras 3 e 4
Figura 5
Sinceramente não sei porque o Portinho do Meio não está a funcionar com embarcações de recreio, alguma razão haverá mas que nos escapa e tenho a certeza que um dia irá ser esclarecido, pena ter-se gasto tantos milhões de Euros para manter um espelho de água às moscas, a não ser de vez em quando alguns alunos ou o Centro de Canoagem do Oeste, já os lá vi, e pouco mais.
Esta é a minha visão e opinião, como tal aqui a exponho.
FGV
23/10/2019
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