14/01/2020

Homenagem a Jacinto Correia "O Resistente" a 25 JAN - 15H em Mafra


 Realiza-se no próximo dia 25 de Janeiro de 2020, mais uma homenagem em Mafra a Jacinto Correia promovida pela Escola de Armas. Este evento já se realiza há alguns anos onde já comparecem alguns descendentes e as juntas de freguesia de Atouguia da Baleia e da Lourinhã representadas pelos seus Presidentes.
 Jacinto Correia embora nascido na Zambujeira da Lourinhã tem muito a ver com Peniche, uma vez que casou e viveu na Atouguia da Baleia, onde nasceram todos os seus filhos e segundo o escritor, José Acúrcio  das Neves escreveu, comandou um grupo para dar caça aos franceses na primeira invasão, depois de lhe terem roubado gado, para isso pediu ajuda ao General Gomes Freire de Andrade que estava sediado em Óbidos com a sua Legião Estrangeirista pronto para partir para França ao serviço de Napoleão.
 Jacinto Correia confiado no seu patriotismo foi pedir-lhe ajuda, sendo denunciado por ele a Taunier, Comandante das forças Francesas em Peniche que ordenou de imediato a sua prisão, sendo levado para Mafra onde estava sediado o General Junot, Comandante das forças que o condenou à morte.
  Esta é para Jacinto Borges, meu amigo e descendente do “Resistente” homenageado a versão mais próxima do acontecido, embora haja uma outra versão de Pinheiro Chagas até muito mais corrente, a qual J. Borges acredita menos e que diz, que ele em jovem foi estudante no convento de Mafra não sendo analfabeto e que estava ao serviço dos frades do convento na altura dos acontecimentos tendo morto dois   soldados Franceses  com uma foice roçadora, ora  ele nunca viveu em Mafra, os seus filhos nasceram na Atouguia da Baleia, a sua viúva continuou a viver em Ribafria depois da sua morte e ele não sabia ler, pois no seu casamento não assina por não saber ler, por isso ele nunca terá sido estudante dos frades em jovem.
 Este é um texto enviado pelo amigo Jacinto Borges, que além de descendente é um estudioso do acontecido dada a escassez de informação deste patriota hoje homenageado pelas altas patentes civis e militares, que teve a coragem de dizer quando estava a ser julgado ao célebre “maneta” General  Loison, que se todos os Portugueses fossem como ele, não haveria um único  invasor francês em Portugal, é isso que está inscrito no seu mausoléu erigido junto ao local onde foi morto e onde todos os anos no dia 25 de Janeiro é homenageado. 

1 comentário:

jacinto borges disse...

Obrigado Francisco Germano pela tua disponibilidade e boa vontade ao publicares no teu blogue este texto. Como já foi descrito Jacinto Correia foi um resistente à primeira invasão francesa e pagou com a vida a sua ousadia, natural da Zambujeira da Lourinhã casou na Atouguia da Baleia com Umbelina Rosa no dia 30/05/1785, deste casamento nasceram 8 filhos, trabalhou nas azenhas existentes ao longo do rio de São Domingos onde hoje se encontra a barragem e à data destes acontecimentos pensa-se que viveria em Ribafria, sentindo-se roubado pelos franceses que tudo pilhavam à sua passagem, tentou encabeçar um grupo para lhes dar luta sendo denunciado por alguém que ele pensava ser um patriota como ele, preso em Peniche é enviado para Mafra onde foi julgado e condenado à morte pelas tropas estrangeiras, hoje no seu mausoléu erigido no local onde o mataram estão escritas as palavras que ele respondeu ao general maneta luision quando estava a ser julgado (Se todos os portugueses fossem como eu não haveria um só invasor estrangeiro em Portugal) é este grande patriota com muitos descendentes na freguesia da Atouguia da Baleia e também em Peniche que vamos homenagear no dia 25/01/2020 em Mafra dia em que faz 212 anos que o assassinaram.