Como é sabido ruiu (?) em Dezembro de 2020 a escultura ao Pescador da autoria do Escultor João Duarte, Artista Plástico consagrado com obras premiadas em diversos pontos do país, incluindo Peniche, portanto há que erguer (re) o Monumento ao Pescador e a tudo o que se associa a ele, a Rendilheira, a Rede, o Remo, enfim o que faz parte da sua vida.
Depois de ter sido limpa a plataforma redonda e central na zona da Ribeira Velha onde assentava a escultura, colocou o Município de Peniche um referendo (?) à sua substituição, atenção que a figura jurídica do Referendo obedece a normas próprias, eu pelo menos nunca fui convocado segundo a legislação para referendar a ARTE.
Depois podemos colocar-nos na pele do Autor da obra e perguntar, o que é que ele pensará disto tudo? Será que não se importará com o que vier a seguir? Ou sentirá algum desconforto pela sua obra depois de se desmoronar (?) não ser confrontado com a situação e ser “desafiado” a fazer obra semelhante?
Por fim coloco a seguinte questão, é sério referendar a ARTE? Ou a mesma deriva da sensibilidade do Autor para o tema que se lhe propõe?
São todas estas coisas que me assaltam, particularmente, uma vez que não escrevo em nome de ninguém, apenas de mim próprio.
Deixo pois à consideração da Vereação do Município de Peniche, nomeadamente ao Pelouro da Cultura a atenção para este problema que urge resolver, por todas as razões.
Em baixo junto algumas imagens do antes e depois da obra.
Monumento ao Pescador (Imagem TripAdvisor.pt)
Imagem de 2013
Depois de ruir em Dezembro de 2020
1 comentário:
Muito humildemente, deixe-me apenas completar as suas afirmações:
A escultura apenas ruiu parcialmente, tal como já tinha acontecido noutras ocasiões. Desta vez a derrocada foi maior (pelas fotos talvez fosse 1/4 do volume do monumento) mas não se sabe bem porquê, de imediato, na mesma noite e por ordem de alguém, sem as devidas avaliações e pareceres técnicos, decidiram demolir tudo. Há fotos e outros documentos que o comprovam. E não venham com a desculpa da segurança porque era uma estrutura relativamente baixa que era possível isolar dos transeuntes. O que não falta por aí são varandas e platibandas a cair de podres, sujeitas matar alguém, e ninguém faz nada.
Já as edificações da rua 13 de Infantaria também foram demolidas com carácter de urgência porque havia o risco de derrocada. É mentira! os SMAS estiveram instalados nessa mesma rua até uns dias antes. E se havia uma ou duas casas em risco de ruir eram essas que deveriam ser demolidas. Mas se assim era, nunca houve uma fita, uma baia, um sinal...? Há quantos dias, meses ou anos as ditas casas estavam em risco de ruir sem que os transeuntes fossem de modo nenhum alertados e protegidos desse risco? Foi tudo uma jogada política eleitoral desesperada. Por isso é que nem projeto existe aprovado para aquele terreiro da vergonha.
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