30/10/2023

#fotografar

 

As imagens entram-nos pela casa a dentro mesmo que não as queiramos ver, mudamos e voltamos a mudar mas elas não nos deixam, quando não as vemos vêm-nos à ideia, os corações sangram, quando olhamos crianças, bebés a serem transportados em braços para lado nenhum, porque o caos é geral, tudo o que se vê é destruição e dor, um pai diz que tinha conseguido falar com o filho pequeno e que este lhe disse, pai escrevi o meu nome na mão, então o Repórter pergunta-lhe, para quê? Para quê, diz o homem sem conseguir conter o choro, porque ele me disse, assim quando eu morrer sabem quem sou eu, e tu virás. A calma da baía faz os barcos baloiçar suavemente, a sensação de paz é evidente, aqui fica como homenagem aqueles que nada têm.


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