04/11/2025

"O Jardim de Outro Homem" - Filme

O jardim do outro homem – Filme Moçambicano de 2006, do Realizador, Sol de Carvalho, ganhou o Prémio Pan-Africano e o Prémio Paulin Vieyra no Festival Pan-Africano de Cannes, França. Com interpretação de Maria Amélia Pangane, Evaristo Abreu, Timóteo Maposse.

Sofia é uma rapariga bonita, anda na escola secundária, vive nos subúrbios de Maputo, em condições de pobreza, ela tem um sonho, ser médica, tem de estudar muito, a mãe e restante família nem por isso a apoiam, querem que ela trabalhe, mas Sofia tem um sonho e vai lutar por ele, este filme dá-nos a ideia do que é viver nos subúrbios de uma grande cidade de África como Maputo capital de Moçambique, um país pobre, lá vão os “Machibombo” carregados de sonhos a caminho da grande cidade, outros não são sonhos, mas obrigações, de trabalhar, os mercados ladeiam as estradas de um e outro lado, ali só se vive de mercados, de agricultura de subsistência, de pesca de subsistência, os dinheiros são tão poucos, uns sonham ser jogadores de futebol, outras modelos fotográficos, aí a história é outra, quando os empresários começam por pedir o atestado de HIV, com outras intenções claras. O que vale é que o ensino é gratuito e quem puder e querer pode fugir e alcançar o sonho, é isso que a “gazela”, desculpem a Sofia faz, mas não é tarefa fácil, quando apanha um professor mal intencionado e que lhe faz chantagem com a nota final de uma disciplina em troca de… A Sofia acaba por passar e vai para a universidade.

Neste filme de Sol de Carvalho, ressalta a fotografia dos mercados que nos dão o ambiente daquelas paragens, da pesca com pequenos barcos abicados na areia, de cores garridas, dos olhos de Sofia quando no transporte para a cidade deixam os arredores de barracas e entram na cidade de prédios altos, mas também mostra a sensualidade natural das raparigas como Sofia, nas danças do bairro, tudo é feito com naturalidade, tudo é sensual, nada é artificial, um belo filme que a RTP2 nos proporcionou há uns tempos e que eu tinha guardado para uma ocasião, calhou agora.

 

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