24/12/2007

Em tempo de Natal


Estamos em tempo de Natal, nesta altura de consumismo exagerado, do pai natal nos centros comerciais, lembrei-me do tempo em que eu tinha para aí uns seis ou sete anos, nesse tempo, lá em casa não havia luz eléctrica, nem água canalizada, chegávamos ao natal e lembro-me da minha mãe me mandar pôr um sapato na chaminé, dizia ela que o menino Jesus ia lá colocar uma prenda. A cozinha era grande com sobrado de madeira e tinha uma chaminé antiga , penso que o presépio era muito pequenino, só com as peças básicas, a mais talvez só o burro e a vaca, vá. Presépio grande e bom era o da madrinha Conceição, era eu que apanhava o musgo no juncal. Jantávamos à luz de candeeiro a petróleo e assim o tal jantar de Natal que eu só mais tarde soube o que era acabava muito depressa, a mãe e a avó Adelina e penso que a tia Violeta, faziam as filhoses até mais tarde, e depois pronto ia tudo para a cama. No outro dia de manhã lembro-me de assim que raiava o dia ir ver o que estava no sapato, e lembro-me de uma vez ser uma bola, como eu fiquei contente.
Serve este pequeno texto para desejar a todos principalmente os que mais precisam, neste tempo global de dificuldades para tanta gente, os desempregados, os reformados com baixas reformas, os deserdados da sorte, os que sofrem da doença, os que não têm comer nem tecto para dormir, desejo também transmitir a todos os que visitam este sitio a minha solidariedade e o desejo de um Bom Ano de 2008.

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