14/06/2009

Uma visita aos "Sabores do Mar - 2009"



 Fui dar uma volta aos "Sabores do Mar", vi a zona do Artesanato, assim como as diversas exposições existentes. Particularmente interessante, para além da Exposição dos "50 anos de Rádios, Sondas e Sonares" que já tratei noutro local, achei a efectuada pela Escola Superior de Tecnologia do Mar, denominada "Peniche um Mar de Tesouros", foi com muito gosto que assisti a uma pequena demonstração por uma das Professoras (?) que me mostrou em computador ligado ao microscópio os pequenos seres vivos que habitam o mar e que não são visíveis e que servem de alimento a outros seres da cadeia alimentar. Também a parte de média estava bem feita, mau grado o espaço reduzido da exposição.


Pormenor da caravela "Vera Cruz" que tem estado acostada à muralha da Ribeira.

O Fernando Malheiros com a sua réplica da caravela.

Demonstrando a existência de microorganismos na água.

Cartaz com indicações úteis acerca da erosão das dunas na praia de Peniche de Cima, segundo o parecer dos alunos de Protecção Civil da ESTM.

Interessante documentação e projecção de filme acerca de "como distinguir o peixe fresco... do outro", elaborado por alunas de Restauração e Catering.

Comentário final

Numa análise pessoal a este evento, considero o seguinte:
Os espectáculos não têm condições, apesar do preço simbólico dos bilhetes, mas isso é um problema de Peniche, a falta de um Pavilhão Multiusos, aliás com o tempo ventoso e frio que normalmente se faz sentir, é natural a fraca assistência.
Por outro lado não concordo com o actual modelo implementado do formato deste certame, com a aderência ao evento por parte dos restaurantes só através do cartaz e Catálogo. Penso que o modelo anterior de representação dos restaurantes aderentes num espaço comum, com o palco por perto, tinha outro interesse. Não esquecer que os restaurantes são os grandes beneficiários deste evento.
Por último, quanto a mim esta festa é feita para fora e não a pensar nos locais e eu acho que tem de ser no sentido inverso, uma festa tem de ser feita a pensar no povo da terra em primeiro lugar e depois se o sucesso for grande, depressa chegará lá fora. O caso das festas da Nª Sª da Boa Viagem são disso um exemplo.
Não deixo no entanto de realçar, o esforço, o trabalho e dedicação que uma organização destas exige a autarcas e funcionários, eu como sempre limito-me a fazer uma crítica construtiva.


4 comentários:

Álvaro disse...

Caro Francisco, tens todo o direito de discordar.

Quanto a mim o anterior modelo estava esgotado, perdemos logo na 2ª edição os bares e cafés da cidade e a zona nocturna.

Quanto aos concertos há quem ache que quem mora no concelho de Peniche não tem o direito de poder ver concertos!

Depois o actual formato, é verdade é mais virado para fora, de modo a atrair novos visitantes a Peniche, até a realização é diferente é em Junho quando antigamente era em Setembro.

Depois acresce as diversas actividades complementares que se interligam, os debates como exemplo.

A área do artesanato é deveras curiosa e permite revitalizar o Forte de Peniche, além das diversas exposições.

Para terminar deixo apenas a nota de uma delas que está patente no edifício cultural, réplicas de "Embarcações Tradicionais da Costa Portuguesa" de João Brás.

Eu que ainda me lembro de brincar ao pé dos estaleiros da Gamboa e ver a construção! Que saudades!

FGV disse...

Caro Álvaro
Respeito as opções da edilidade acerca do formato e data deste evento.
Eu acho que Peniche merece e deve ter concertos, mas há determinado tipo de espectáculos, como por exemplo Fado, um género muito do agrado da população de Peniche, que quanto a mim em determinadas condições (de pé, vento, frio, etc) não é muito apetecível.
Agradeço a dica acerca da exposição "Réplicas de Embarcações Tradicionais da costa Portuguesa" de João Brás.

As saudades dos Estaleiros da praia de Peniche de Cima levar-nos-ia longe na conversa, talvez ainda volte ao assunto.

Obrigado pela participação.

Cumprimentos

Raul Correia disse...

Na minha modesta opinião o anterior modelo nunca estará esgotado ,pelo menos para a população local, servia por exemplo como ponto de encontro, muitas vezes pessoas que passam muito tempo sem se verem ,encontam-se em eventos como estes.
Para ir comer ao restaurante vai-se em qualque altura.

Mas temos que respeitar quem organiza estes eventos, que tenta fazer o melhor, embora nunca seja da concordancia de todas as pessoas.

En relação aos espectaculos estou de acordo com a versão do Chico.

Agora será sempre bom ouvir todas as opiniões e tirar ilações para tentar cada vez mais melhorar.

Cumprimentos
Raul

Elvira Carvalho disse...

Qualquer espectáculo que não dê comodidade a quem o vê só interessa mesmo aos mais jovens. Pessoas com mais idade por muito que gostem o corpo não aguenta.
Um abraço