28/01/2010

Electrónica aplicada à navegação e pescas


Introdução
Vou iniciar a publicação de um tema que tem o título de “Electrónica, Pescas e Navegação em Peniche”, nele se abordará a importância dos equipamentos electrónicos na navegação e no auxílio à pesca ao longo dos anos, nomeadamente a segunda metade do século XX.
O critério de selecção do equipamento a mostrar, será a importância e o incremento junto da comunidade piscatória do aparelho e a sua antiguidade.
Equipamentos das mais diversas marcas e origens como Rádio Transmissor, Sonda, Sonar, Radar, Rádio Goniómetro, LORAN, OMEGA, etc, terão aqui a sua mostra.


As diferenças entre aqueles tempos e o presente é muito grande, basta dizer que a frequência de trabalho era a "Onda Marítima" entre os 1500 e os 3000 Kc/s em AM (Amplitude Modulada), depois passou a trabalhar-se em SSB (Banda Lateral Única), a partir de 1981, utilizando as mesmas frequências, o Rádio Goniómetro e o LORAN (LOng RAnge Navigation), deram lugar ao GPS (Global Positioning System).
Apenas serão mostrados os equipamentos mais significativos, a esmagadora maioria pertencente ao acervo do Estêvão A. Henriques, a quem agradeço desde já as fotografias dos equipamentos (bem como ao Sr. Meireles) e a possibilidade de consulta de alguns catálogos técnicos e manuais dos respectivos aparelhos, assim como a resolução de algumas dúvidas e trocas de opinião que irão surgir de certeza.
Este tema é-me particularmente caro, dado que, no meu serviço militar na Força Aérea, tirei o Curso de Mecânico de Rádio na Escola Electromecânica de Paço D’arcos, pelo que entrei nesta área da electrónica. Trabalhei por isso numa determinada altura da minha vida, na assistência aos aparelhos electrónicos de bordo, com o Sr. Humberto da Electrónica Naval, já falecido, depois mais tarde no Estêvão, de onde ficámos amigos, nesse tempo, inicio da década de 70, trabalhei ainda com o amigo João Marreiros, lembro desses tempos o Vítor Rico e o Moisés que já não estão entre nós.
A frota de traineiras e “rapas” nesse tempo rondava as 60 (sessenta) embarcações, pelo que o trabalho na assistência abundava.
Alguns apontamentos interessantes
Estações costeiras

Frequências de trabalho a bordo.


Frequência do "Peniche Pesca"

Rádio Faróis existente no país (parte)


Código do Alfabeto Fonético Internacional
Notas:
As tabelas, Frequência de trabalho a bordo e frequência do “Peniche Pesca” já não são utilizadas.
Elementos retirados do livro “Instruções do Serviço Radioeléctrico em ondas hectométricas (IF) para a navegação local e costeira nacional” de 1980.

4 comentários:

Aniceto disse...

Germano!!
Este tema é interessante andei junto a ele só que de temas diferentes.Quando tirei o curso e fui para a Força Aérea como tu, era com a intenção de ir para Paço Arcos tirar essa especialidade, no entanto por birra do major mandou-me para comunicações onde especializei-me radiotelegrafia e teletipista de aviões,onde utilizava o código morse e o alfabeto.Mais tarde fui chamado para a TAP e para os bacalhoeiros CNN e desisti.
Estás a falar de uma pessoa que me diz muito que é o meu cunhado Vitor Rico de quem eu tenho muitas saudades.Acompanhei o trabalho dele na Electrónica Naval e mais tarde na Electro Progresso.Sempre prestável muito amigo do seu amigo impecável em tudo penso que não havia ninguêm que não gostasse dele, foi pena ir-se embora daquela maneira. Foi bom teres falado nele.
Obrigado.
Um abraço

Luis Aniceto

Francisco Germano Vieira disse...

Olá Aniceto
Tens toda a razão eu era muito amigo do Vitor Rico, chegávamos a ir pescar aos domingos de manhã num barco dum cliente lá do Estêvão, no trabalho além de ser um grande técnico electricista do melhor que havia neste ramo marítimo, era um amigo.
Saudades do Vitor.
Na altura trabalhava também o Tobias e o Zé Patrão também bons amigos.
Abraço

jacinto borges disse...

Amigos Aniceto e Francisco este tema tambem é para mim interessante porque na minha passagem pelo exército tirei a especialidade de transmissões e fiz serviço em Angola na guerra colonial durante 2 anos dentro dum posto de rádio a emitir e receber mensagens.
Os radios desses tempos tal como os dos barcos passaram a fazer parte dos museus mas o bichinho fica cá sempre, nunca se deixa de gostar.
voçês falaram de amigos que trabalharam no Estevão e que já partiram Victor Rico e Moisés de quem nós temos saudades, e eu queria aqui recordar outro amigo de quem tenho saudades que partiu muito novo e tambem trabalhava no Estevão mas no escritório o Joaquim Brás (Roleta).
É isto Francisco o seu blog aborda temas interessantes por isso nos habituamos a gostar dele, como este um assunto de cultura e que ao falarmos dele nos põe tambem a falar dos amigos que a ele estiveram ligados e que para nós são uma eterna saudade.
Um abraço Jacinto

Francisco Germano Vieira disse...

Amigo Jacinto

De facto foi esquecimento meu falar do Joaquim que trabalhava no escritório e era uma excelente pessoa, infelizmente morreu muito novo, ainda há pouco tempo em conversa com o Estêvão falámos nele, o Estêvão tinha muita estima por ele.

Abraço para todos